Memória a Médio Prazo
Saudações, esquecidos!
Como prometido, hoje vou-vos falar da memória a médio prazo.
Uma forma de optimizar a informação contida na memória a curto prazo será manter a informação o mais ordenada possível e isso nos levará, seguramente, a tomar muitos dados que não podemos ordenar no momento mas que se armazenam para tratá-los e ordená-los posteriormente, eliminando os duplicados e gravando-os definitivamente por referência a dados ou conceitos semelhantes, poupando desta forma grande quantidade de capacidade de memória ou de arquivo de dados.
É muito provável que no futuro os computadores estejam sempre a funcionar, seja executando os programas pedidos ou reorganizando-se.
Já se podem citar bastantes exemplos reais de programas que se podem executar automaticamente: desfragmentação e manutenção do disco duro, limpeza do registo do Windows, procura e descarga de notícias ou qualquer tipo de programas, compressão de informação, antivírus, etc.
A expressão de memória a médio prazo é vital mas não reflecte com precisão a natureza do seu conteúdo.
Nesta memória encontrar-se-á a informação que se retém durante bastante tempo. Mas este tempo será maior na medida em que a informação seja mais relacional e contenha menos de dados concretos. Ou seja, se a informação se pode obter não só directamente, mas sim a sua relação com outra informação também gravada na memória.
Neste sentido, independentemente de que certos dados de gravação na memória no seu estado original, como a data de nascimento de uma pessoa próxima, a memória a médio prazo tende a ser mais fixa na medida em que os dados se vão transformando em conceitos e estes se definem sobre a base de um sistema de referência multidimensional.
Com o passar do tempo, só irão ficando os conceitos na forma indicada, visto que os dados normalmente deixam de ser vitais ou passaram a fazer parte da memória instantânea e as relações memorizadas tenderão a incorporar-se ao sistema multidimensional citado; no caso de ser necessário criar-se-ia uma dimensão mais do sistema.
Todos estes processos não estão isentos de erros, os mecanismos que são bons na maioria dos casos, podem tornar-se totalmente inadequados para alguns deles.
Uma das circunstâncias que mais me preocupam produz-se quando um fato ou uma ideia se repete muitas vezes ao longo de certo tempo; e de forma especial quando se aparece ou se propõe como uma hipótese que se desenvolve de diversas formas.
De acordo com os mecanismos normais, no cérebro ir-se-á gravando o referido fato ou ideia em capas cada vez mais profundas da nossa memória.
Posteriormente, quando a nossa memória aceda a esta informação terá uma grande tendência a interpretar a referida informação como própria e já assumida por se encontrar numa capa profunda.
O erro pode ser importante, uma ideia alheia está a suplantar o nosso verdadeiro conhecimento ou sentimento!
Chama-se lavagem cerebral e, por exemplo, é possível que ocorra quando se lê um livro que repete muitas vezes a mesma ideia. O cérebro, por ser bastante mais rápido que os olhos quando lê, tem tempo de memorizar a ideia ou levá-la a uma capa mais profunda. Claro, este efeito depende das ideias e dos indivíduos.
Até à próxima semana.
Muitos esquecimentos
Sara Pinela… xD
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